Terça-Feira, 18 de Novembro de 2025

Sexta Cultural funciona sem auxílio dos poderes públicos e privados

Publicado em 04/01/2016
Por Marta Soares
d4a5f53b1b8b9f44ff00970da7ca.jpg
d4a5f53b1b8b9f44ff00970da7ca.jpg
Banda se apresenta durante Sexta Cultural/Adimó

O projeto Sexta Cultural começou no dia 14 de maio e desde então vem promovendo atividades artísticas todas as sextas-feiras à noite na Praça Josino Ferreira sem contar, ainda, com o auxílio dos poderes público e privado. O poder público participa de forma mais esporádica, nada muito intenso. Um dos idealizadores do projeto, o Mano Chagas, que também dirige o Grupo Cultural Adimó, informou que falta a logística para que as apresentações aconteçam de forma mais tranquila.

Ele citou como exemplo o piso da praça, irregular, e pouco propício para dança, podendo ocasionar ferimentos nos bailarinos que se apresentam por lá. “Tá faltando também a iniciativa privada de Picos tomar conhecimento disso e se colocar à disposição, porque o comércio também é cultura e nós precisamos disso. Resta os gestores e a iniciativa privada tomar conhecimento disso e participar”, comentou.

Instituições com a UFPI, a UESPI e o IFPI têm participado da Sexta Cultural através dos seus acadêmicos, mas para Mano Chagas agora é a vez das escolas municipais também aproveitarem o espaço existente na praça. “A gente vai fomentar isso, mas também queremos a participação da sociedade, pois a cultura só servirá de fato se a sociedade participar dela”, comentou.

Em seu início a Sexta Cultural foi uma iniciativa do Grupo Cultural Adimó, desde então outras entidades se juntaram a causa e formaram o “Coletivo Cultural”, que tem diversificado as apresentações, que acontecem no horário das 18h às 22h. A primeira atividade apresentada foi o concurso Beleza Negra, mas a programação tem sido diversa.

“Danças, expressões, artes cênicas, poesias, literatura. Na própria atividade da sexta acontece a tenda literária onde as crianças vão pintar, desenhar, ter algum contato com os livros, alguém sempre estará contando histórias para essas crianças, além da oficina de xadrez”, explicou.

Desde o início do projeto os participantes têm ornamentado e arborizado a praça, além de disponibilizarem cestos de lixo, tudo na tentativa de caracteriza-la como o espaço público que ela de fato é. “Temos um trabalho de orientação quanto a limpeza da própria praça. Na sexta-feira colocamos baldes de lixo, e fazemos o mutirão com a galera que está ali”, comentou.

Quanto a participação da população como espectadores das atividades, esta se mostra variada. As pessoas parecem se mobilizar mais em favor de alguns temas do que de outros, mas o público já está cativo. Dessa forma a Praça Josino Ferreira à noite é usada como ponto de socialização, bem diferente do que acontece durante o dia, quando é meramente um centro de comercial informal.

Por Jailson Dias

 

Comentários