Terça-Feira, 08 de Outubro de 2024

Piauí participa com menos de 2% da geração eólica de energia elétrica

Publicado em 24/12/2015
Por Jailson Dias
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Energia eólica/Divulgação

O Piauí ainda precisa avançar na geração de energia eólica. De acordo com o estudo Logística de Energia 2015 – Redes e fluxos do território, divulgado hoje (23) pelo IBGE,  o Piauí participa com 1,6% da geração eólica de energia elétrica.

Em todo o Brasil, a geração eólica cresceu aproximadamente 460%, de 2010 para 2014, saltando de 2.177 para 12.210 GWh anuais. Porém, a participação dessa fonte ainda é baixa, representando 2,1% no total de geração. Concentram-se majoritariamente no Nordeste, principalmente Rio Grande do Norte (31,3%), Ceará (23,4%) e no interior da Bahia (16,9%).

Além de informações do IBGE, o estudo utilizou dados do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Agência Nacional de Águas (ANA), Operador Nacional do Sistema (ONS), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Natural (ABEGÁS) e das Agências Reguladoras de Energia dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A publicação tem um mapa mural sintético, que representa as infraestruturas de petróleo, gás e biocombustíveis e de energia elétrica.

O estudo lembra que tem havido estímulo do Estado ao consumo de fontes renováveis: os principais biocombustíveis são o etanol (cana-de-açúcar) e o biodiesel (óleo de soja, gordura animal e óleo de algodão). A capacidade de produção de etanol no Piauí é de 504 m³/dia. São Paulo (48,2%) é o estado com maior capacidade produtiva de etanol - 150.437 m³/dia, concentrada no interior do estado, que é a principal área de plantação de cana-de-açúcar do país. Goiás e Minas Gerais concentram, ainda, parte significativa da produção, ambos com mais de 10,0% de participação.  Mato Grosso do Sul (8,3%), Paraná (6,1%), Mato Grosso (4,1%), Alagoas (2,8%), Paraíba (1,3%) e Espírito Santo (1,2%).

Petróleo

O referido estudo mostra a liderança absoluta do estado do Rio de Janeiro como produtor de petróleo (68,44% da produção) e gás natural (34,8%), além da evolução do polígono do pré-sal, que abrange desde o litoral de Santa Catarina até o Espírito Santo, onde a produção aumentou progressivamente nos últimos anos, chegando a 179 milhões de barris em 2014, representando 21,9% do volume da produção de petróleo (822,9 milhões de barris naquele ano).

O estudo mostra também que 92,5% do volume de produção do petróleo ocorre em ambiente marinho e apenas 7,5% no continente. Entretanto, em termos absolutos, 841 poços produtores de petróleo e gás natural situam-se no mar, enquanto 8.263 estão no continente, com destaque para a região Nordeste, com os estados de Rio Grande do Norte (47,2%), Sergipe (21,9%) e Bahia (20,1%) reunindo a maior concentração de poços terrestres.

Com referência a quantidade de postos revendedores de combustíveis líquidos, em 2015 no Piauí existiam 827 postos revendedores, o que corresponde a 2% do total de postos do país. O Estado com maior números de postos revendedores é São Paulo - 8.888 postos, que corresponde a 22% do total.

Geração hidráulica

A matriz de geração de energia elétrica brasileira, a geração do tipo hidráulica correspondeu a 63,2% do total da geração em 2014, totalizando 373.439 Gigawatts (GWh). Em todo território nacional, existem 367 Centrais Geradoras Hidrelétricas (até 3 Megawatts - MW), responsáveis por 0,2% da geração total, concentradas no norte e porção central do Rio Grande do Sul e oeste do estado de Santa Catarina, no leste e sudeste do estado de Minas Gerais.

Havia 459 Pequenas Centrais Hidrelétricas (entre 3 a 30 MW) em operação, perfazendo 4,9 % de potência, e 194 Usinas Hidrelétricas (mais de 30 MW), correspondendo a 94,9% da potência, concentradas nas regiões de integração eletro energética Centro-Oeste/Sudeste e Sul.

A geração fotovoltaica no país (produção de energia elétrica a partir da luz do sol) é apenas residual, participando com menos de 1,0% do total.


Fonte: IBGE

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