Segunda-Feira, 07 de Outubro de 2024

Inter iguala recorde com campanha "irrepreensível" e se abraça em 1 a 0

Publicado em 05/12/2015
Por Erivan Costa
2ad103e33132812271bef0d222d1.jpg
2ad103e33132812271bef0d222d1.jpg
Vitinho fez o gol da vitória contra o Atlético-PR /Ricardo Duarte / Internacional

Em 29 jogos, uma derrota – em casa. Invicto há 18 jogos. Nos últimos 11, apenas um gol sofrido. Quatro vitórias seguidas. Melhor arrancada na era dos pontos corridos. Líder pelo menos até a noite desta quinta-feira. Aproveitamento de 71%.

A campanha de Argel na metade do ano de 2016 após cinco rodadas é "irrepreensível", segundo o vice de futebol Carlos Pellegrini. E os números falam por si só. Apesar das dificuldades encontradas em algumas partidas, principalmente nas três primeiras do Brasileirão no Beira-Rio – vitórias por 1 a 0 sobre Sport e Atlético-PR e empate em 0 a 0 com a Chapecoense –, o Inter tem levado o mantra da "vitória a qualquer custo" à risca. Até mesmo o resultado mais repetido de 2015 (1 a 0, sete vezes) se mantém como uma espécie de avalizador do atual momento.

– A liderança é importantíssima. Campanha irrepreensível até agora. Isso leva os adversários a correrem atrás do Inter. Sabemos da dificuldade do Campeonato Brasileiro, vão ser partidas assim. O importante é vencer, mesmo que seja de 1 a 0. Se todas as rodadas forem assim, estamos satisfeitos – cravou Pellegrini após o triunfo suado sobre o Furacão.

A série invicta colorada remonta ao dia 24 de fevereiro, quando o time de Argel perdeu no Beira-Rio para o Veranópolis, pelo Gauchão. De lá para cá, são 18 jogos, com 12 vitórias e seis empates, 28 gols marcados e sete sofridos. Nos últimos 11 duelos, a equipe só foi vazada uma vez, no triunfo por 2 a 1 sobre o São Paulo, fora de casa. A sequência de quatro adversários superados no Brasileirão conta com os últimos três resultados em 1 a 0.

O recorde de Diego Aguirre, em 2015, já foi superado. O uruguaio havia ficado 16 duelos sem conhecer a derrota. Agora Argel busca igualar Abel Braga em 2014, quando o Colorado permaneceu invicto por 19 confrontos. A arrancada no Brasileirão dos pontos corridos é a melhor, com 13 pontos somados em cinco jogos, igualada à de Tite em 2009 e de Abel em 2006.

Apesar da infinidade de recordes quebrados e estatísticas favoráveis, Argel adota cautela. Por óbvio, admite a satisfação em liderar o Campeonato Brasileiro. Contudo, mantém o pensamento de rechaçar o favoritismo pelo título. A cada entrevista coletiva, algumas já conhecidas frases de efeito são repetidas à exaustão. 

– Não vejo ninguém diferente no Brasileiro. Vejo um equilíbrio muito grande. Cada um usa as armas que tem. Só que ninguém começa o ano, chega na metade e só perdeu um jogo. Nunca tinha passado por isso na minha carreira como treinador. Em 11 jogos, sofremos apenas um gol, que foi de bola parada. Temos uma equipe que sabe o que fazer dentro de campo. Muito organizada, disciplinada. Estamos pensando jogo a jogo, com pezinho no chão, seriedade na ponta da chuteira, o próximo jogo é sempre o mais importante... São cinco rodadas, tem muita água para rolar. Mas claro que a confiança aumenta – observou Argel.

O discurso da direção e comissão técnica encontra eco entre os jogadores. Mais experiente deles e agora com 300 jogos pelo Inter completos, Alex usou uma comparação inusitada para expressar a situação colorada na tabela:

– (A liderança) Prova o que a gente está fazendo. Tem momento que não estamos melhor no jogo, mas até isso dá maturidade para não sofrermos gols. A liderança é importante no final. Neste momento, é uma casca de banana, e a gente não pode pisar nela.

Com 13 pontos, o Inter só pode cair para a segunda colocação ao final da rodada. Se o rival Grêmio não vencer o Palmeiras nesta quinta, o primeiro lugar fica assegurado com o time de Argel. No próximo domingo, viaja a Salvador, onde enfrenta o Vitória às 16h.

Fonte: GE

Comentários