Segunda-Feira, 17 de Novembro de 2025

O Governo Temer e a divisão do país

Publicado em 22/11/2015
Por Jailson Dias
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Após as votações na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, contando com o apoio do Supremo Tribunal Federal (STF) a presidenta Dilma Rousseff (PT) foi afastada por 180 dias da Presidência da República. Em seu lugar assumiu o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Os motivos para o afastamento da presidenta variam desde a crise na economia quanto a corrupção no setor público, mas a mudança na direção do país está longe de resolver os problemas.

Temer assumiu dia 13 de maio e compôs um ministério formado integralmente por homens brancos, de meia idade e muito ricos, como não se via desde a ditadura militar e, logo de cara, recebeu uma enxurrada de críticas pela não nomeação de mulheres e negros, que constituem mais de 50% da população brasileira. Como se não bastasse, extinguiu o Ministério da Cultura, instituído em 1985. Até os seus apoiadores lamentaram.

Para agravar ainda mais a situação os seus ministros tem dado declarações e tomado decisões desastradas, como a inexistência de direitos absolutos, o cancelamento de contratos do “Minha Casa, Minha Vida”, a não fiscalização dos planos privados de saúde, dentre outros. Tais fatos apenas contribuem para o aumento da impopularidade de um governo que assumiu com apenas 8% de aprovação popular.

O resultado? Confrontos nas ruas. Estes já têm acontecido no sul do país. Os setores mais à esquerda da população têm promovido manifestações constantes contra o governo daquele que é considerado um dos maiores constitucionalistas do país. O certo é que se queriam realmente pacificar o país e combater a corrupção, escolheram o caminho errado.

O Brasil está longe de ser pacificado e isso desperta medo em todos nós, pois crescemos em um país tranquilo, excetuando-se pela violência urbana, mas sem crimes políticos. Devido a irresponsabilidade de um grupo de destruidores da democracia, podemos assistir o fim da nossa estabilidade. Queriam a saída da presidenta Dilma Rousseff (PT), seria apenas uma questão de paciência, pois as eleições de 2018 se avizinham.

Qual será o peso de uma eleição a partir de agora, se 54 milhões de votos não tem peso diante de nossos representantes?

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