Segunda-Feira, 17 de Novembro de 2025

Intolerância e agressão, onde está o respeito pela opção do próximo?

Publicado em 12/11/2015
Por Jailson Dias
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Um jovem picoense fez um desabafo corajoso da humilhação sofrida na cidade de Petrolina – PE. Em sua conta pessoal em uma rede social ele relatou ter sido sequestrado, agredido e violentado por três covardes. O ato hediondo teria sido motivado apenas por ele ser homossexual. Não cabe aqui o julgamento quanto ao comportamento do próximo tendo como base critérios religiosos, mas pensar em como é triste que algumas pessoas sintam-se dotadas do direito de agredir um ser humano por pensar ou agir diferente.

É tristemente comum julgar uma pessoa pela sua orientação sexual, no entanto, cabe lembrar-se do personagem maior do cristianismo que todos dizem seguir, Jesus Cristo. Quem frequenta ou frequentou missas, cultos ou qualquer celebração cristã, sabe que Cristo jamais aprovaria o uso da violência para defender uma postura, ou, muito menos, condenar outra.

Segundo nos mostra a bíblia, o diálogo era a única arma de Jesus. Ele buscava a companhia das pessoas que estavam à margem da sociedade, ou seja, aqueles que eram vítima de preconceito. Como algo tão óbvio parece ter sido esquecido nos nossos dias? Quem nos deu autoridade para julgar o comportamento do outro? Você pode não concordar com a postura dele, mas é obrigado, isso mesmo, obrigado a respeitá-lo.

Quando crescemos e começamos a assumir as responsabilidades da vida adulta, assinamos, ainda que indiretamente, o “Contrato Social”, e isso pressupõe aceitar a individualidade alheia, e respeitá-la. A isso chamamos viver em sociedade, pois esta é plural. Os mais diversos pensamentos convivem em nosso meio e a tendência é que essa pluralidade seja fortalecida, pois as pessoas estão cada vez mais conscientes dos seus direitos e vão lutar por eles.

No fim, se pararmos por um único momento para pensar, perceberemos que o mundo não seria a mesma coisa se todos comungassem das mesmas ideias. É preciso defender as liberdades individuais e aceitar as particularidades alheias, isso faz de nós seres humanos.

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