Delegado alerta que depredação de patrimônio público resulta em cadeia

Nas últimas semanas prédios públicos da cidade de Picos foram alvos das ações de vândalos com pichações de mensagens políticas. Já na segunda-feira, 02, a população se deparou com a depredação de três vasos ornamentais do canteiro central da Av. Getúlio Vargas. Segundo o delegado regional da Polícia Civil, Divanilson Sena, as duas ações são tipificadas em crimes diferentes, mas ambas podem resultar em prisão para os infratores.

“A pessoa que picha muros e edificações comete um crime ambiental, cuja pena é de três meses a um ano; no tocante a deteriorar ou danificar patrimônio público, a pena é outra, e está prevista no Código Penal. A sanção varia de seis meses a três anos de prisão”, explicou o delegado.

O delegado informou que o representante de um órgão público alvo de vandalismo, seja pichação ou depredação, tem o dever de procurar a delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) para que o crime seja investigado e os responsáveis localizados e punidos conforme a lei.

Vários prédios públicos picoenses foram alvo de pichações, como a Escola Técnicas Petrônio Portela (PREMEN), a Universidade Federal do Piauí (UFPI), praças e até o museu, mas o delegado disse desconhecer que alguma queixa tivesse sido registrada. Como não é da sua competência direta investigar esse tipo de ocorrência ele informou que iria levantar os dados para saber se alguém tinha procurado a delegacia.

Mesmo que as pichações e qualquer outro ato de vandalismo sejam cometidos sempre em horários de pouca movimentação, o delegado explica que os infratores podem ser identificados através das câmeras de estabelecimentos privados, cada vez mais comuns na cidade.

De fato esse recurso tem sido utilizado para a localização de suspeitos do cometimento de outras práticas criminosas. Como as câmeras prometidas para o sistema de vigilância da cidade nunca foram instaladas, a Polícia Civil tem conseguido improvisar.

Quanto à prática de pichações e depredação de patrimônio público, o delegado explica que esse crime tem se tornado cada vez mais comum nos grandes centros urbanos, precisando haver a intensificação da ação policial. “Tão logo recebamos queixas dessas ocorrências, atuaremos com rigor para coibir esse tipo de crime”, explicou.