Terça-Feira, 08 de Outubro de 2024

Influenza H1N1 assusta os piauienses

Publicado em 27/10/2015
Por Jailson Dias
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H1N1 assusta piauienses/Divulgação

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) notificou 45 casos suspeitos de Influenza H1N1 no Piauí, mas até agora não há confirmação da doença. As amostras foram coletadas para exame laboratorial. Do total, foram registrados oito óbitos, também sob investigação. Os dados foram atualizados pela Coordenação Estadual de Epidemiologia e foram informados todos os casos registrados até a última segunda-feira(18).

 A campanha de vacinação vai priorizar os grupos de maior risco, que são as crianças de seis meses a menores de 5 anos, gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), pessoas com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade, população indígena, bem como doentes crônicos com recomendação médica, pessoas com problemas respiratórios, cardíacos e com baixa imunidade.

Segundo o infectologista Kelson Veras, chefe da UTI do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), a vacina é direcionada aos grupos onde há maior risco de complicações e morte em decorrência da doença. “A vacina é muito cara e por isso são priorizados grupos de risco para a campanha de vacinação. Porém é preciso esclarecer que, até agora, o Piauí não tem nenhum caso confirmado do H1N1, portanto não podemos falar em surto da doença”, explicou.

A auxiliar administrativa Vanessa Meireles, mãe de duas crianças de 10 e 7 anos de idade, relatou estar muito preocupada com uma possível epidemia da Influenza H1N1. “Meus filhos não estão no grupo que receberá a vacina gratuitamente do Ministério da Saúde, mas estou disposta a pagar para que eles sejam imunizados. Estou muito preocupada, já que na escola as crianças compartilham objetos e se concentram em lugares pequenos, todas juntas. Basta uma pegar a doença para que os outros colegas também se contaminem”, afirmou.

Nas clínicas a vacina custa, em média, R$ 120,00 e funcionários relatam a grande procura. “O estoque é reposto e acaba em seguida. Muita gente está vindo se vacinar e vacinar os filhos com medo da doença, temos até fila de espera”, relatou uma funcionária de uma clínica particular de Teresina.

O contágio acontece da mesma maneira pela qual se transmite a gripe sazonal, de pessoa para pessoa, especialmente por meio de tosse ou espirros de pessoas infectados e também é possível se infectar pegando objetos que estão contaminados com o vírus e depois tocando a boca, o nariz ou os olhos. “As duas principais formas de contágio são a respiratória e a de contato com mucosas”, destacou Kelson Veras.

A Sesapi, de acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, orientou os municípios que tiveram casos suspeitos notificados da Influenza H1N1 que antecipassem o calendário de vacinação, mantendo o dia 30 de abril, como o Dia D da campanha.

Para o tratamento da Influenza H1N1, o Estado disponibiliza o antiviral Oseltamivir, de nome comercial Tamiflu. Havendo suspeita de Influenza H1N1, o paciente é submetido à medicação e é recolhida amostra para exame laboratorial que pode confirmar a doença.

Fonte: portalaz.com.br

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