“As pessoas são livres, apesar de ser um tempo de concentração”, diz Dom Plínio

Para o bispo diocesano de Picos, Dom Plínio José Luz, a população tem o direito de aproveitar o chamado “feriadão” da Semana Santa como melhor entenderem, embora a Igreja Católica recomende moderação e reflexão nesses dias extremamente significativos para a fé cristã. “As pessoas são livres, apesar da igreja prezar por ser um tempo de concentração, espiritualidade e religião, mas não podemos intervir na liberdade das pessoas de aproveitar esse feriadão”, comentou.

Dom Plínio, no entanto, recomenda as pessoas, mesmo àquelas que não participação das celebrações da Semana Santa, de observar os preceitos cristãos, que se tornam mais fortes nesses dias historicamente marcados pela penitência. “Se você vai sair para outra cidade, procure cumprir esse gesto de vida cristã, procure cumprir por lá também. Aqueles que recebem familiares, convide-os para estar conosco na celebração”, comentou.

O bispo lamenta apenas pelas pessoas que às vezes se deslocam para chácaras e lá esquecem o significado da Semana Santa, se utilizando de práticas pouco recomendadas, especialmente para quem se declara católico praticante. “Não é um atitude boa para quem se diz cristão, se sou um católico praticante, mas numa hora dessas, quem foi que viu? Dá prioridade só para o lazer, não é uma boa atitude, mas não vamos entrar na liberdade das pessoas”, comentou.

Dom Plínio cita que a Semana Santa é marcada por uma série de celebrações, bem além do Beijo na Cruz, Cinzas e Senhor Morto. Ele recomenda que os católicos busquem participar dos demais eventos, lembrando-se que a Sexta-Feira Santa é marcada pelo silêncio. “No sábado é um dia de vigília, e só as 20h00 é que vai começar a vigília aqui na Catedral, pois vamos celebrar a ressurreição de Cristo”, declarou.

Dentre as inúmeras ações e celebrações da Igreja Católica também se destacam as confissões individuais, promovidas na manhã da terça-feira, 22, quando alguns padres e o próprio Dom Plínio estiveram na Igreja de Nossa Senhora dos Remédios ouvindo os fiéis. Dom Plínio recomenda, contudo, que as pessoas se preparem para esse momento em especial, uma vez que o padre não pode fazer perguntas e que não utilizem a confissão para criticar outras pessoas, pois dessa forma o rito perde o seu valor.